sábado, 11 de julho de 2015

Sugestão de filme: Três homens em conflito (1966)


Como já disse, sempre dou chance para um filme bom independente do gênero. O que não imaginava é que um filme de um gênero não convencional poderia tornar-se um dos meus favoritos. Foi o que aconteceu comigo com "The good, the bad and the ugly". Já ouviu falar desse filme? E do gênero de faroeste italiano? E da seguinte música?


Sim, a famosa música de faroeste veio desse filme. Sabe o tão falado Clint Eastwood? Então, ficou famoso por causa desse filme. Sabe aquela cena mega referenciada de troca de olhares antes de um tiroteio? Desse filme, também. O filme se tornou um ícone pop. Merecido, eu digo. É ótimo, de cabo a rabo.
Pôster de "Três homens em conflito"   "Il buono, il brutto, il cattivo" (título original) pertence ao gênero de faroeste italiano (ou western spaguetti). Os filmes de faroeste italiano são denominados assim pelo simples fato de terem sido produzidos na Itália e em outros países europeus. Devido à alta qualidade, inovou e deu uma nova cara ao gênero faroeste, tornando-o  popular de novo, após sua época de ouro nos Estados Unidos que tinha tornado o gênero saturado, 
O que faz um filme tornar um dos meus favoritos é a interação, durante, e as lembranças inesquecíveis, após. O meu amado filme de bang bang, obviamente, cumpriu os dois papeis. Duvido você ficar parado nas partes do TURURURU... TU TU TUUU. O longa causa várias emoções durante os 161 minutos de duração, entre elas choque, agonia, euforia e surpresa. Que outros filmes conseguem trazer tantos sentimentos ao espectador além dos sentimentos de felicidade, divertimento e comoção? Geralmente os filmes focam apenas em um ou dois sentimentos, que é relacionado ao gênero, e olha lá. São os momentos emocionantes (no sentido de ter alguma emoção envolvida), recheados em "Três homens em conflito", que geram as melhores lembranças, dignas de um filme a ser favoritado.
O filme realmente parece passar-se no Velho-Oeste, e não em um estúdio de Hollywood. Desde as cenas com uma mosca pousando na cara do personagem (ugh) até nas cenas que mostram a vastidão das terras áridas. Além disso, os personagens parecem estar mesmo em um deserto. Nada de estar limpinho, ter a roupa engomada, cabelo arrumado e barba feita. Luxo é coisa rara no faroeste, ainda mais durante uma guerra civil. O que você encontra lá são pessoas suadas, sujas e machucadas, com roupas imundas, desgastadas e/ou estraçalhadas, cabelos desgrenhados e barbas a fazer.
Não é mostrada a visão preconceituosa do índio como bandido/vilão que era muito presente no faroeste hollywoodiano. Há, ao invés disso, a visão que eu pessoalmente adoro da não existência de pessoas boas ou ruins, já que o vilão se vê como do bem e vê o mocinho como do mal. Existindo apenas pessoas com interesses pessoais conflituosos. Mas espera aí, o título traduzido ao pé da letra é "O bom, o mau e o feio", não é? Sim, e graças a Jeová que os tradutores mudaram e conseguiram acertar em cheio no novo título. Os personagens são, logo no início do filme, denominados de "o bom", "o mau" e "o feio", mas ao decorrer do filme é provado que "o bom" é mais malvado que "o mau", "o mau" é mais feio que "o feio" e "o feio" é mais bondoso (ou menos malvado) que "o bom". Imagino que são chamados assim porque "o bom" é o anti-herói, "o mau", o vilão, e "o feio" aquele cara engraçado da história, mas na verdade são apenas três homens em conflito, de fato.
De qualquer maneira, só assistindo para tirar conclusões. Aproveite que tem no Netflix. Confesso que tenho até medo de assistir qualquer outro filme de faroeste e me decepcionar por não ser tão bom quanto "3 homens em conflito", mas por que, você leitor, não faz como eu e começa sua jornada no velho-oeste com esse maravilhoso clássico?

3 homens em conflito e Chroe
   

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