Como já
disse, sempre dou chance para um filme bom independente do gênero. O que
não imaginava é que um filme de um gênero não convencional poderia tornar-se um
dos meus favoritos. Foi o que aconteceu comigo com "The good, the bad and
the ugly". Já ouviu falar desse filme? E do gênero de faroeste italiano? E
da seguinte música?
Sim, a famosa música de faroeste
veio desse filme. Sabe o tão falado Clint Eastwood? Então, ficou famoso por
causa desse filme. Sabe aquela cena mega referenciada de troca de olhares antes
de um tiroteio? Desse filme, também. O filme se tornou um ícone pop. Merecido,
eu digo. É ótimo, de cabo a rabo.
"Il buono, il
brutto, il cattivo" (título original) pertence ao gênero de
faroeste italiano (ou western spaguetti). Os filmes de faroeste italiano são
denominados assim pelo simples fato de terem sido produzidos na Itália e em
outros países europeus. Devido à alta qualidade, inovou e deu uma nova cara ao
gênero faroeste, tornando-o popular de novo, após sua época de ouro nos
Estados Unidos que tinha tornado o gênero saturado,
O que faz um
filme tornar um dos meus favoritos é a interação, durante, e as lembranças
inesquecíveis, após. O meu amado filme de bang bang, obviamente, cumpriu os
dois papeis. Duvido você ficar parado nas partes do TURURURU... TU TU
TUUU. O longa causa várias emoções durante os 161 minutos de duração, entre
elas choque, agonia, euforia e surpresa. Que outros filmes conseguem trazer
tantos sentimentos ao espectador além dos sentimentos de felicidade,
divertimento e comoção? Geralmente os filmes focam apenas em um ou dois
sentimentos, que é relacionado ao gênero, e olha lá. São os momentos
emocionantes (no sentido de ter alguma emoção envolvida), recheados em
"Três homens em conflito", que geram as melhores lembranças, dignas
de um filme a ser favoritado.
O filme
realmente parece passar-se no Velho-Oeste, e não em um estúdio de Hollywood.
Desde as cenas com uma mosca pousando na cara do personagem (ugh) até
nas cenas que mostram a vastidão das terras áridas. Além disso, os personagens
parecem estar mesmo em um deserto. Nada de estar limpinho, ter a roupa
engomada, cabelo arrumado e barba feita. Luxo é coisa rara no faroeste, ainda
mais durante uma guerra civil. O que você encontra lá são pessoas suadas, sujas
e machucadas, com roupas imundas, desgastadas e/ou estraçalhadas, cabelos
desgrenhados e barbas a fazer.
Não é mostrada
a visão preconceituosa do índio como bandido/vilão que era muito presente no
faroeste hollywoodiano. Há, ao invés disso, a visão que eu pessoalmente adoro
da não existência de pessoas boas ou ruins, já que o vilão se vê como do bem e
vê o mocinho como do mal. Existindo apenas pessoas com interesses pessoais
conflituosos. Mas espera aí, o título traduzido ao pé da letra é "O bom, o
mau e o feio", não é? Sim, e graças a Jeová que os tradutores mudaram e
conseguiram acertar em cheio no novo título. Os personagens são, logo no início
do filme, denominados de "o bom", "o mau" e "o
feio", mas ao decorrer do filme é provado que "o bom" é mais
malvado que "o mau", "o mau" é mais feio que "o
feio" e "o feio" é mais bondoso (ou menos malvado) que "o
bom". Imagino que são chamados assim porque "o bom" é o
anti-herói, "o mau", o vilão, e "o feio" aquele cara
engraçado da história, mas na verdade são apenas três homens em conflito, de
fato.
De qualquer
maneira, só assistindo para tirar conclusões. Aproveite que tem no Netflix. Confesso que tenho até medo de
assistir qualquer outro filme de faroeste e me decepcionar por não ser tão bom
quanto "3 homens em conflito", mas por que, você leitor, não faz como
eu e começa sua jornada no velho-oeste com esse maravilhoso clássico?
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